sábado, 28 de março de 2009

Recepçào da Cavalgada 2008 na antiga fazenda Monte Alegre – Hoje fazenda Camargo

Texto deVânia CamargoSenhores presentes:Homenagear antigos moradores que fizeram parte da história da família Camargo e a quem somos eternamente gratos é uma ação justa e prazerosa.Pensando nisso os organizadores deste encontro convidaram para engrandecer e abrilhantar este momento, que para nós cavaleiros talvez seja o mais importante do evento; Jacob, “Bastião Tumaza,” João Domingo e Pedro Pelé, para participar, chegando à frente da comitiva, acompanhados pelos filhos de Maria Otoni de Camargo, Mário, Roldão, Aurides, Äurea e outros descendentes da família assim como todos que hoje integram esta coluna de cavaleiros.Façamos neste momento breve retorno a um passado não muito distante, quando aqui viviam estes homens que neste chão plantaram seu trabalho e deixaram suas marcas gravadas eternamente. Companheiros de confiança de dona Maria Camargo e seus sete filhos, foram na época parceiros de todos os momentos, seja na alegria ou na dor abraçavam com coragem e determinação a lida na propriedade que foi na época a mais importante da região.Homens da terra se dedicavam ao trabalho de cultivá-la e ao pastoreio do gado que foi a atividade maior da fazenda. Ainda hoje lembramos com saudades das grandes boiadas que aqui chegavam por eles conduzidas ao som do berranteiro Mário Camargo. Uma vez por ano, na ocasião do campeio, os homens partiam em busca dos animais que eram criados a solta pelas grandes extensões de terras da família. As mulheres aqui permaneciam e preparavam a sede para receber boiada e boiadeiros que por vários dias trabalhavam na labuta como era o costume da época. Como esquecer as noites dos “causos” com suas auroras madrugadeiras, o despertar sob o canto da passarada nos arvoredos floridos por cima da centenária bica d’água? E as manhãs alegres e ensolaradas despertas pelos gritos destes velhos vaqueiros, com o bater das porteiras nos currais ao lado da casa grande? As cassadas de onça, o lamento choroso do cocão do carro de boi, a doma da tropa e as noites de festas são lembranças constantes no imaginário destes, que hoje retornam para matar um pouco da saudade. Eles foram os protagonistas de estórias e histórias que aqui se passaram, e no lugar onde cresceram, trabalharam e construíram família com certeza ficou um pouco de cada um.Pelo amor que nunca acaba, pelo companheirismo e pelo afeto de irmãos que permanece entre estes homens, é que vos convidamos para merecidamente, receber com aplausos os referenciados cavaleiros e demais comitiva.

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